Depois
de passar por cinco cidades da região sul, dia 10 de Dezembro, na UDESC,
aconteceu a última mesa de debate sobre sustentabilidade em dança da Circulação
da desCompanhia.
Ao
longo das viagens foi possível acompanhar um contexto absolutamente rico e com
pontos de convergências e diferenças entre cada espaço.
Florianópolis
não tem uma formação formal em dança e os festivais competitivos tem muita
força dentro da cidade. Esse contexto, claro, desenha e carrega algumas questões
definitivas: continuidade, manutenção, pensamento e audiência para fruir dança.
As
iniciativas da prática da dança surgem em espaços privados, nutridos da coragem
de se mover de artistas independentes da cidade.
As
aulas, como em todas as cidades visitadas, são a principal fonte de renda dos
bailarinos, estar somente na cena, não garante sustento. Como essa é uma
alternativa direta, algumas vezes, a docência não é praticada com intereza.
A
falta de meios de sobrevivência dentro de Florianópolis acarreta numa evasão de
profissionais para outras cidades do Brasil ou do mundo, o que complexifica
ainda mais as relações de mudança de contexto dentro da cidade, já que o
movimento de transformação surge de uma insistência, da ginástica de
permanecer.
Se
por um lado ouve-se “a dança em SC é a mais frágil da Região Sul”, pode-se
sentir estando lado-a-lado dos artistas que estiveram no bate-papo, um tipo de
interação afetiva entre eles, um acompanhamento, mesmo na diferença. Alí,
naquela roda, aconteceu um encontro de verdade. E isso, enche os olhos de
esperança e surge, afetuosamente, um levante, mais um encontro, muitas
articulações e novas possibilidades. Em
tempos de viver só, viver junto é a grande transgressão.
Nenhum comentário:
Postar um comentário